Description
Características clínicas e epidemiológicas
Descrição
As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com
tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e
laboratoriais distintas.
A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região
para região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também ocorre.
As hepatites virais têm grande importância para a saúde pública e para o individuo,
pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas.
Agente etiológico
Os agentes etiológicos que causam hepatites virais mais relevantes do ponto de vista
clínico e epidemiológico são designados por letras do alfabeto (vírus A, vírus B, vírus C,
vírus D e vírus E). Estes vírus têm em comum a predileção para infectar os hepatócitos
(células hepáticas). Entretanto, divergem quanto às formas de transmissão e conseqüências
clínicas advindas da infecção. São designados rotineiramente pelas seguintes siglas: vírus
da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV) e vírus da hepatite E (HEV).
Existem alguns outros vírus que também podem causar hepatite (ex: TTV, vírus G,
SEV-V). Todavia, seu impacto clínico e epidemiológico é menor. No momento, a investigação destes vírus está basicamente concentrada em centros de pesquisa.
Reservatório
O homem é o único reservatório com importância epidemiológica. Os outros reservatórios apresentam importância como modelos experimentais para a pesquisa básica em
hepatites virais.
O HAV tem reservatório também em primatas, como chimpanzés e sagüis. Experimentalmente, a marmota, o esquilo e o pato-de-pequim podem ser reservatórios para o
HBV; já o chimpanzé, para o HBV, HCV e HEV. Relatos recentes de isolamento do HEV
em suínos, bovinos, galinhas, cães e roedores levantam a possibilidade de que esta infecção
seja uma zoonose.
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